Martinha nasceu pesando apenas 610 gramas e medindo 30 centímetros
Olhar curioso, chorinho de quem está conhecendo um mundo novo e até mesmo aquele sorrisinho de canto da boca foram as expressões da pequena Marta Botelho, de apenas três meses, durante a primeira consulta no Follow-up, programa da Prefeitura de Macaé que acolhe o prematuro de risco após a alta hospitalar. A bebê - que desde cedo aprendeu a ser forte - nasceu no Hospital Público Municipal de Macaé (HPM) pesando apenas 610 gramas e medindo 30 centímetros. Graças ao Follow-up, crianças como Martinha recebem atenção especial até os dois anos de idade, o que garante desenvolvimento assistido por uma equipe multidisciplinar. Martinha é a criança número mil do programa.
“Eu tive uma gravidez de alto risco e ganhei minha filha quando ainda estava com 28 semanas de gestação. Minha pequena ficou internada no período de dois meses e vinte um dias na UTI Neonatal do HPM. Sou muito grata por todo carinho que nós recebemos lá. Eu achei que após a alta minha filha teria consultas com a pediatra e pronto. Mas, para minha surpresa, ela foi encaminhada para o follow-up e confesso que eu não sabia o que era esse programa e nem que ele existia aqui em Macaé. Hoje, é a primeira consulta da Matinha e eu estou encantada com toda essa estrutura, acolhimento e cuidado. Me sinto privilegiada em saber que minha filha terá todo esse amparo", destacou a mamãe Rafaela.
O Follow up, em inglês, quer dizer acompanhamento. O programa acontece na Casa da Criança e garante a assistência dos bebês prematuros - com risco de doenças neurológicas - que logo após alta da UTI neonatal recebem encaminhamento direto para tratamento ambulatorial específico. E também de crianças com até dois anos que apresentam atraso de desenvolvimento global. Neste caso, é necessário encaminhamento de um médico pediatra da rede municipal de saúde.
A equipe multidisciplinar responsável por atender essas crianças é formada por médica pediatra neonatologista, fisioterapia, terapia ocupacional, fonoaudiologia, serviço social e psicologia. Quando a criança completa dois anos, as que precisam prosseguir com o tratamento vão para a reabilitação neurológica. Se necessário, o apoio se estende até o final da adolescência (17 anos).
“É um marco para Macaé e para a Secretaria de Saúde estar atendendo a criança de número mil dentro deste programa que é uma referência na cidade. O Follow up vem colhendo os frutos de contribuir para que nenhuma dessas crianças prematuras tenha atraso de desenvolvimento. Esse é um ganho muito grande para a população e nós não poderíamos deixar de comemorar esse marco tão importante”, destacou a secretária adjunta de Atenção Básica, Natália Antunes.
* Texto: Jornalista Julie Silveira / Fotos: Ana Chaffin / Comunicação Macaé
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