Em discurso com vários acenos à base de eleitores que ajudou a elegê-lo e sem tocar no tema de união nacional, o presidente empossado disse que trabalha para colocar o Brasil no 'lugar de destaque que ele merece no mundo'
O presidente Jair Bolsonaro recebe a faixa presidencial do presidente Michel Temer - Agência Brasil/Divulgação.
Brasília - O presidente Michel Temer, acompanhado da mulher, Marcela Temer, encontrou-se com o presidente empossado Jair Bolsonaro, a primeira-dama Michelle Bolsonaro, o vice-presidente empossado Hamilton Mourão e sua mulher Paula no parlatório do Palácio do Planalto, para a transmissão da faixa presidencial.
Ao receber a faixa, Bolsonaro apontou para a faixa e para o público, que cantou palavras de ordem, como "mito, mito" e "Ô, o capitão chegou".
Diante da ovação do público presente que o saudava a gritos de "mito", Bolsonaro, que chegou a fazer uma pausa e abanar uma Bandeira do Brasil, falou em acabar com a ideologia que, em sua visão, "defende bandidos e criminaliza policiais, divide os brasileiros, é ensinada nas escolas e passou a guiar as relações internacionais".
"Me coloco diante da Nação no dia em que o povo começou a se libertar do socialismo", disse o presidente. "Guiados pela Constituição, com a ajuda de Deus, a mudança será possível", disse o eleito, citando o baixo orçamento de sua campanha eleitoral como uma prova de que as mudanças já começaram a ocorrer.
Sobre economia, Bolsonaro disse que seu governo vai enfrentar os efeitos da crise mundial, que vai propor e implementar as reformas "necessárias" e que vai priorizar a educação básica, a exemplo de outras nações ricas.
Em seu pronunciamento, Bolsonaro agradeceu ao público que o elegeu com a 'campanha mais barata da História', que retribuiu com gritos e aplausos. Ele também agradeceu à Deus por estar vivo, após o ataque sofrido.
Em discurso mais inflamado do que o da posse no Congresso, Bolsonaro prometeu retirar o viés ideológico das relações internacionais e combater a ideologização das crianças e "desvirtuação dos direitos humanos". Ele reforçou que fará reformas estruturais e que irá desburocratizar o governo.
Ao final do pronunciamento, Bolsonaro e o vice Hamilton Mourão levantaram uma bandeira do Brasil. "A nossa bandeira jamais será vermelha", disse o presidente. "Só será vermelha se tiver o nosso sangue para manter ela verde e amarela", completou.
Antes do presidente, a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, transmitiu uma mensagem na linguagem em libras. Ela disse que o cidadão brasileiro quer segurança, paz e respeito. Ela disse que as pessoas com deficiência serão priorizadas no governo Bolsonaro. Michelle também terminou o discurso com o lema de campanha:" Brasil acima de tudo, Deus acima de todos.'
*Por O Dia/Com Estadão Conteúdo
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