Governador reeleito tomou posse neste domingo no Palácio Tiradentes.
Cláudio Castro em seu discurso de posse como governador reeleito do RJ
— Foto: Divulgação/Alerj
O governador Cláudio Castro (PL) disse que vai recorrer "até o fim" contra a instalação de câmeras e fardas de policiais de tropas de elite das polícias Civil e Militar do Rio de Janeiro.
“Nós do Governo do Estado somos radicalmente contra. Vamos recorrer até o fim, lutaremos judicialmente em todas as instâncias para que essas câmeras não sejam colocadas”, disse Castro, em entrevista coletiva após tomar posse como governador reeleito, na manhã deste domingo (1º). “Eu sempre disse que eu era radicalmente contra as câmeras nos batalhões de operação, especialmente os batalhões especiais. Nós não temos maturidade como sociedade ainda nem de guardar coisa em segredo de Justiça, imagina imagem que coloque a vida do policial em risco.” O governador argumenta que “quando o criminoso sabe a estratégia da polícia, a vida daquele policial passa a ficar em risco”.
O Governo do Estado do Rio de Janeiro enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido de recurso contra a decisão do ministro Luiz Edson Fachin sobre a instalação de câmeras em fardas e viaturas.
No último dia 19, Fachin determinou que o governo apresentasse, em cinco dias, um cronograma para a instalação dos dispositivos de áudio e vídeo em fardas e viaturas de batalhões especiais de polícia (Bope e Core) e nos batalhões das áreas com os maiores índices de mortes com envolvimento de agentes de segurança.
O Governo do Estado argumentou que o Projeto Estratégico de Câmeras Operacionais Portáteis está em fase final de implantação.
No entanto, o Estado alega que "possui um conjunto de demandas que são imprescindíveis para sua efetivação". "Uma delas se refere às questões de infraestrutura básica (energização, adequação com pequenos ajustes de obra civil, local adequado, dentre outros), viabilidade técnica para a efetivação de equipamentos, componentes, peças e acessórios em cada Unidade Policial Militar".
* Por Henrique Coelho, g1 Rio
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