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O tabagismo é o hábito de consumir cigarros ou usar dispositivos – como narguilés e cigarros eletrônicos - para consumo de tabaco, nicotina e outras substâncias. A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera o tabagismo uma pandemia, pois é a principal causa de morte evitável no mundo, com aproximadamente 8 milhões de óbitos por ano, no mundo todo. Todo dia 29 de agosto é marcado por campanhas do Dia Nacional de Combate ao Fumo como forma de conscientização sobre os danos do tabagismo para o corpo e mente da população.
Quais são os principais perigos do tabagismo para o organismo?
Estima-se que mais de 50 tipos de doenças podem ser causadas pelo tabagismo, principalmente as cardiovasculares, respiratórias e câncer, o que explica por que 10% dos fumantes chegam a ter 20 anos de expectativa de vida a menos. Veja como o hábito de fumar influencia o desenvolvimento de problemas de saúde:
Câncer – o uso do tabaco é responsável por 25% de todas as mortes por câncer no mundo. Fumantes têm dez vezes mais chances de desenvolver câncer de pulmão, que possui cerca de 30 mil novos casos ao ano, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA). Fumar também é o principal fator de risco de cânceres em regiões por onde a fumaça entra e passa, como boca, língua, faringe, laringe. A exposição prolongada das toxinas nessas áreas aumentam em até dez vezes as chances do desenvolvimento de tumores. O tabagismo também está associado a outros tipos de câncer:
Traqueia;
Esôfago;
Pâncreas;
Leucemia mieloide aguda;
Rim;
Fígado;
Bexiga;
Estômago;
Colo de útero – em mulheres infectadas com o papilomavírus humano (HPV).
Doenças cardiovasculares - os tabagistas têm até quatro vezes mais chances de desenvolver doenças como infarto, angina, AVC, pressão alta e aterosclerose. Isso porque a fumaça do tabaco favorece a formação de placas de gordura nos vasos sanguíneos e o desenvolvimento de coágulos, o que restringe o fluxo do sangue. Além disso, o tabagismo:
Aumenta a pressão arterial e a frequência cardíaca;
Induz a resistência à insulina e diabetes;
Provoca inflamação e aumenta o risco de trombose;
Reduz a quantidade de oxigênio transportado pelo sangue.
Mas, a boa notícia é que é possível ter uma melhora nesse quadro, pois quem para de fumar tem o risco de morte por infarto do miocárdio reduzido pela metade após um ano.
Doenças respiratórias - o tabagismo é responsável por cerca de 80% dos casos de doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), considerada a segunda causa de mortalidade no mundo. Estima-se que um a cada cinco tabagistas desenvolverão DPOC. Além disso, a temperatura elevada da fumaça causa lesões nas vias respiratórias, podendo desencadear e/ou agravar doenças. Outros problemas respiratórios causados ou agravados pelo cigarro são:
Asma;
Enfisema pulmonar;
Bronquite crônica;
Rinite.
Outros problemas de saúde – há uma série de problemas de saúde que o tabagismo pode causar no nosso organismo, atingindo outros sistemas do corpo. O hábito pode contribuir para:
Infertilidade;
Impotência sexual;
Problemas de saúde bucal, como mal hálito e doença periodontal;
Catarata;
Úlcera gástrica;
Perda de massa óssea;
Menopausa precoce;
Dismenorreia (sangramento irregular);
Enfraquecimento do cabelo e unhas;
Redução do paladar e olfato.
E os riscos do tabagismo para os fumantes passivos?
Os fumantes passivos, ou seja, aqueles que convivem com a fumaça do cigarro, também são expostos aos componentes tóxicos e podem desenvolver os mesmos tipos de problemas de saúde que os tabagistas. Cerca de 1 milhão das mortes anuais ocasionadas pelo tabagismo correspondem aos fumantes passivos.
Não existe um nível seguro de exposição à fumaça de cigarro e outras formas de consumo de nicotina e tabaco. O fumante passivo pode sentir desde consequências imediatas, como irritação nos olhos e vias áreas, tosse e exacerbação da asma (para quem já tem), até impactos à longo prazo, como o aumento do risco de doenças cardiovasculares em 25% a 30%. O tabagismo passivo é especialmente perigoso para crianças e na gravidez.
Gravidez e tabagismo passivo - pode prejudicar o crescimento do feto e aumentar o risco de complicações durante a gestação e o parto, como aborto espontâneo, parto prematuro, morte do feto e baixo peso ao nascer.
Crianças e tabagismo passivo - as crianças expostas à fumaça do cigarro, principalmente as menores, têm mais chances de desenvolver bronquite, asma, rinite alérgica, infecções respiratórias e de ouvido e doenças cardíacas na vida adulta.
Por que parar de fumar agora?
Muitas pessoas desistem de parar de fumar pois pensam que os danos à saúde são irreversíveis. Mas isso não é verdade. A partir do momento em que se para de fumar, o organismo se recupera pouco a pouco e o risco de doenças diminui gradativamente. É possível sentir alguma diferença em questão de dias ou até horas. Veja alguns fatos importantes para considerar tomar essa decisão:
20 minutos sem cigarro - a pressão sanguínea reduz e as batidas cardíacas voltam ao normal.
8 horas sem cigarro - o nível de oxigênio no sangue se estabiliza e pode chegar aos níveis de uma pessoa não-fumante.
24 horas sem cigarro - os pulmões passam a eliminar o muco e os resíduos tóxicos da fumaça.
Dois dias sem cigarro - já é possível sentir uma mudança no cheiro e gosto dos alimentos. A nicotina já foi eliminada do corpo e a transpiração para de cheirar a tabaco.
Duas semanas sem cigarro - melhora da circulação, tosse, congestão nasal, fadiga e falta de ar.
Um ano sem cigarro - o risco de doença cardiovascular reduz 50%.
Cinco anos sem cigarro - o risco de desenvolver câncer de pulmão também reduz 50%.
15 anos sem cigarro - o risco de sofrer infarto será igual ao de uma pessoa que nunca fumou
Como é o tratamento do tabagismo?
As pessoas podem buscar o tratamento para parar de fumar tanto no Sistema Único de Saúde (SUS) quanto em clínicas particulares. Em geral, o objetivo é oferecer ao paciente um novo comportamento em relação ao vício, desvinculando comportamentos que engatilhem o ato de fumar. As abordagens do tratamento podem ser:
Apoio com psicólogo - combater um vício não é algo fácil e, por isso, ter apoio de um profissional que possa ouvir questões emocionais e propor como lidar com elas da melhor forma é essencial.
Medicamentos - eles tem a função de minimizar os sintomas da abstinência de nicotina, como dor de cabeça, irritabilidade, ansiedade e dificuldade de concentração.
Terapia em grupo - para os pacientes que se sentem acolhidos ao fazer parte de um grupo de pessoas que passam por situações semelhantes, a terapia em grupo pode ser uma importante aliada no abandono do cigarro.
Mudança de hábitos - alguns ajustes na rotina são necessários para lidar com a abstinência e manter a decisão de deixar o cigarro, como a prática de exercícios físicos, que é a forma mais rápida, em curto prazo, de desviar a vontade de nicotina. Outra dica é ter um estoque de vegetais picados, frutas e chicletes sem açúcar para os momentos de aumento de apetite, em decorrência da ansiedade.
É importante que o tratamento seja individualizado, pois cada pessoa tem sua própria relação com o vício, os gatilhos que a motivam fumar, dificuldades com abstinência e outras particularidades.
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