Doze alunos se formaram neste mês no curso de teatro oferecido gratuitamente pela Escola Municipal de Artes Maria José Guedes (EMART) da Secretaria de Cultura e para celebrar, os alunos e um ex-aluno da EMART apresentaram pela segunda noite consecutiva, neste sábado (4), às 20 horas, o espetáculo “O Rinoceronte”, no Centro Cultural Rinha das Artes, em Macaé.
Rhinocéros (O Rinoceronte), de Eugène Ionesco, é uma peça de teatro em quatro cenas, para três atos, criada em 1959. Peça emblemática do teatro do absurdo, retrata uma epidemia que transforma pouco a pouco os habitantes de uma cidade em rinocerontes. - Essa turma teve metade da sua formação online e depois híbrida e hoje comemoramos essa formatura, que foi um desafio grande devido à pandemia – comentou a diretora da Emart, Sheila Juvêncio.
O secretário de Cultura, Leandro Mussi, destacou que o teatro transmite conhecimento, conta histórias, estimula a reflexão e dissemina arte. “Ficamos felizes em formar os alunos e apresentar ao público esse espetáculo, que marca a valorização das manifestações culturais em Macaé, das artes cênicas e abre espaço para que novos talentos se expressem nesta que também é uma atividade intelectual”, pontuou o secretário, acrescentando que novas turmas serão formadas.
O elenco é composto pelos alunos Deivid Barretto, Douglas Mareli, Ester Reis, Felippe Senna, Lucas Antonio Rangel, Maycon Corrêa, Nicolle Fernandes, Raphael Almeida, Reinaldo Fróes, Thainá Santos, Thaís Queiroz e Victor de Paula, e também o ator convidado Luca Porto, ex-aluno da EMART. Integra a equipe o aluno Felipe Eliakim na produção. A peça também conta com a colaboração de Neyva Santiago na concepção do figurino e cenografia; Jardel Maia na preparação vocal. Na caracterização, a professora Neyva Santiago e a aluna Thainá Santos.
A direção do espetáculo é de Ademir Martins e Leandro Triervailer. A peça é geralmente interpretada como uma metáfora da subida do totalitarismo e também trata de temas como conformismo e resistência.
Segundo a coordenadora de Teatro da EMART, Aline Barbosa, a apresentação teatral potencializa a valorização das expressões humanas trabalhadas por todo o corpo docente e discente da escola. Stefany Gerardt Cruz foi com o irmão Maycon e a mãe Sabrina assistir ao espetáculo na noite deste sábado. “É importante fomentar as raízes culturais como fonte de enriquecimento artístico municipal”, mencionou Stefany. TEATRO DO ABSURDO - O Teatro do Absurdo é uma expressão criada pelo crítico húngaro Martin Esslin (1918-2002) no fim da década de 1950 para abarcar peças que, surgidas no pós-Segunda Guerra Mundial, tratam da atmosfera de desolação, solidão e incomunicabilidade do homem moderno por meio de alguns traços estilísticos e temas que divergem radicalmente da dramaturgia tradicional realista. O AUTOR - O crítico literário e dramaturgo Eugène Ionesco, nascido na Romênia em 1909 e naturalizado francês, tem em Rhinocéros sua obra mais importante e conhecida. A apresentação também aborda o sentido da vida, as relações humanas e normas sociais. O espetáculo também foi apresentado na sexta-feira (3), no Centro Cultural Rinha das Artes. A entrada foi aberta ao público. FICHA TÉCNICA
TEXTO: Eugène Ionesco DIREÇÃO: Ademir Martins e Leandro Triervailer CONCEPÇÃO DE CENOGRAFIA E FIGURINO: Neyva Santiago CARACTERIZAÇÃO: Neyva Santiago e Thainá Santos PREPARAÇÃO VOCAL: Jardel Maria ILUMINAÇÃO: Clevis Miranda, o Bola PRODUÇÃO: Felipe Eliakim SOM: Gilberto Alves
ELENCO: Deivid Barretto, Douglas Mareli, Ester Reis, Felippe Senna, Luca Porto, Lucas Antonio Rangel, Maycon Corrêa, Nicolle Fernandes, Raphael Almeida, Reinaldo Fróes, Thainá Santos, Thaís Queiroz e Victor de Paula
* Texto: Janira Braga \ Fotos: Ana Chaffin \ Comunicação Macaé
Patrocinado:
Commenti