Janira Braga - foto: Divulgação.
Por: Janira Braga jornalista e estudante de Nutrição.
A gordura trans aparece escondida na lista de ingredientes de produtos alimentícios que estampam na embalagem "livre de gordura trans" ou "zero gordura trans". Isso porque uma brecha na legislação brasileira permite que o fabricante possa declarar como zero gordura trans se o alimento tiver igual ou menos de 0,2 grama por porção. Os nomes "gordura vegetal hidrogenada", "hidrogenado", "gordura parcialmente hidrogenada" e "óleo vegetal hidrogenado" na lista de ingredientes devem fazem o consumidor ter cautela.
O alerta foi dado pelo estudo realizado por pesquisadores em nutrição da Universidade de São Paulo (USP) e do Instituto de Defesa do Direito do Consumidor (Idec), que mostrou que muitos dos alimentos que dizem ter “zero” gordura trans, na realidade, escondem pequenas quantidades do ingrediente na composição.
Pesquisadores analisaram cerca de 11 mil rótulos de produtos comercializados em supermercados. Eles compararam os três dados nas embalagens: a parte frontal do rótulo (que estampa, geralmente, “zero gordura trans”), a tabela nutricional e a lista de ingredientes.
Foi constatado que 30% desses produtos que se rotulavam “livres de gorduras trans”, na verdade, a continham. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda evitar ao máximo o consumo da gordura trans e indica que ela não deve ultrapassar 1% do valor energético de uma dieta diária. Isso daria uma colher de sopa de sorvete com o ingrediente, por exemplo.
Os alimentos cujos fabricantes dizem não ter gordura trans, mas que na realidade têm, segundo a USP, são: biscoitos (8,4% dos alimentos avaliados continham gordura trans), comidas de conveniência (3,1%), produtos de panificação (9,2%), salgadinhos (11%), doces e sobremesas (6,1%), molhos e temperos (2,2%).
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Assessoria de imprensa.
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