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Liga das Nações põe nova geração do vôlei feminino à prova

Zé Roberto Guimarães inicia ciclo pensando em Paris com muitas caras novas em busca do título inédito, mas cobra melhoria no trabalho de base no país


A seleção brasileira feminina de vôlei inicia nesta terça uma nova era, mas sob o comando de um velho conhecido: José Roberto Guimarães. O treinador tricampeão olímpico é o condutor da renovação de um elenco que conquistou a prata nas Olimpíadas de Tóquio e chega para a Liga das Nações com muitas novidades. Em três edições da Liga, as brasileiras somam duas pratas (2019 e 2021). Os Estados Unidos, campeões olímpicos, são tricampeões.

O sportv transmite todas as partidas da Liga das Nações entre os dias 31 de maio e 5 de junho. O Brasil estreia contra a Alemanha nesta terça (31) às 19h, e o ge acompanha a partida em tempo real.


José Roberto Guimarães orienta time contra Sérvia — Foto: Getty Images

Entre as 19 convocadas pelo treinador na preparação para o torneio, apenas quatro estiveram em Tóquio para as Olimpíadas (as levantadoras Macris e Roberta, a ponteira Rosamaria e a central Carol). Jovens como Lorrayna, Kenya e Julia Bergmann têm as primeiras experiências no time adulto. Das 19 chamadas pelo treinador, 13 têm menos de 25 anos.


- É muito gratificante você ver essas jogadoras chegando no infanto aqui, novinhas, cheias de sonhos, esperanças e idealizando um futuro. E o time adulto treinando aqui, o que é mais importante. Então as cabecinhas que aparecem ali na porta olhando a gente, sonhando em querer ser igual algumas que estão aqui.

"Eu acho que a gente está na terceira ou quarta geração. Hoje nós temos duas jogadoras aqui que eu praticamente vi o primeiro treino delas, que foram a Rosamaria e a Gabi", completou Zé Roberto.

Julia Bergmann é um dos destaques da nova geração — Foto: Divulgação CBV

Foram convocadas as levantadoras Macris, Roberta e Kenya; as opostas Lorenne, Kisy e Lorrayna; as ponteiras/opostas Rosamaria e Tainara; as ponteiras Ana Cristina, Julia Bergmann, Karina e Pri Daroit; as centrais Carol, Diana, Julia Kudiess, Lorena e Mayany; e as líberos Natinha e Nyeme.


Mas nem todas elas disputam essa primeira fase. Rosamaria, por exemplo, ainda está se recuperando de uma contusão sofrida pelo clube e não viaja.

Apesar dos talentos encontrados e desenvolvidos na seleção ao longo dos últimos anos que trouxeram ótimos resultados, o treinador entende que é preciso buscar evolução e melhorias no trabalho de base brasileiro.


- É muito prazeroso ver que o voleibol brasileiro está trabalhando em um sentido muito legal, renovando, só que acho também, e aí vai uma crítica, que poderia ter muito mais. Nós temos uma quantidade de jogadoras que não é suficiente, poderia ser muito maior e com uma qualidade também melhor. Por uma série de circunstâncias, principalmente da vida, que hoje economicamente nós estamos passando dentro do Brasil, muitos clubes pararam de trabalhar na base - destacou.

A seleção brasileira começa a participação na primeira fase da Liga das Nações nos Estados Unidos, em Shreveport-Bossier City, na Louisiana. A estreia é contra a Alemanha, nesta terça. No grupo, ainda terá Polônia, República Dominicana e as donas da casa, até o dia 5 de junho, quando se encerra a primeira fase.


- A expectativa é sim de buscar a melhor colocação, porque agora vão ter quartas de final. Antes eram seis classificadas, agora classificam oito, mas a Turquia já está entre os oito para a fase final por ser sede. Então se ela ficar fora dos oito, ela entra e o oitavo fica fora. Tudo pode acontecer, a gente tem que ter uma atenção muito grande nesse começo de competição - afirmou o técnico.


Zé Roberto pede paciência com o desenvolvimento dos novos talentos do vôlei brasileiro, mas ao mesmo tempo destaca a boa expectativa em torno dessas jogadoras construída pelo período de treinos no centro de treinamentos da CBV, em Saquarema, no Rio de Janeiro.


- Acho que sempre que se inicia uma nova geração tem que ter um pouco de paciência. Porque o que falta para elas é experiência nesse nível internacional. É jogar contra as melhores seleções do mundo, é perder, é ganhar e entender como tudo funciona lá fora.

"Eu estou com uma expectativa muito grande, mas ao mesmo tempo muito otimista, porque estou vendo um foco e uma qualidade no treinamento muito interessante", completou o técnico. Depois da primeira fase, nos Estados Unidos, a seleção brasileira ainda encara outras três fases na competição em Brasília, Sofia, na Bulgária, e Osaka, no Japão, para tentar se garantir entre as oito melhores seleções, que disputam a fase final em Ancara, na Turquia, entre os dias 13 e 17 de julho.


* https://ge.globo.com/volei/Por Giba Perez, João Ribeiro e Nathalia Movilla* — Saquarema (RJ)






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