Mangueira foi a mais forte nesta segunda-feira de carnaval Foto: Antonio Scorza.
Um desfile inesquecível. Pode não ganhar? Pode, sim, e a própria história do carnaval já viu grandes momentos na Avenida se perderem entre notas e justificativas dos jurados. “Ratos e urubus”, que acaba de completar 30 anos, é a melhor prova disso. A passagem da Mangueira foi uma aula de Brasil, de contribuição do samba para o país, necessária nos dias de hoje. Redondinha na Avenida, sem cometer erros graves, a escola do carnavalesco sensação Leandro Vieira sobrou fácil e se torna a grande favorita ao campeonato de 2019.
Foto: Antonio Scorza.
Atrás da Verde e rosa, aparecem também na briga Viradouro, Vila Isabel, Salgueiro e Unidos da Tijuca.
Das agremiações que se apresentaram na última noite do Grupo Especial, o grande destaque ficou com a Vila Isabel. Imponente, a Azul e branco impactou com seu conjunto de alegorias — os mais bonitos do ano. Não conseguiu emocionar e sentiu a falta de um bom samba, mas os componentes cantaram e isso, no fim, é o que conta para o jurado.
Foto: GABRIEL MONTEIRO.
Mocidade e São Clemente também fizeram boas apresentações. A reedição do samba-enredo de 1990 evidentemente ajudou, mas o carnavalesco Jorge Silveira mostrou personalidade ao tocar o dedo na ferida sobre os rumos que o carnaval tem tomado. Foi valente. Já a Verde e branco de Padre Miguel fez um desfile sem erros graves, com uma bateria que dá gosto de sambar, mas mostrou problemas em suas alegorias. É importante saber como o júri vai avaliar o enredo da Mocidade sobre o tempo, frágil em alguns momentos do desfile.
Num nível mais abaixo, aparecem Portela, Ilha e Tuiuti. As três tiveram problema no desenvolvimento de seus temas. Neste grupo, a Águia de Madureira aparece um pouco melhor pelo samba e pela bateria.
* Extra/Globo/Por: Ramiro Costa.
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