Dados revelam que 95% das pessoas contaminadas são do sexo masculino, entre 18 e 49 anos de idade
- Foto: Marcos Lopes/MS
OMinistério da Saúde apresentou o cenário epidemiológico da varíola dos macacos, também conhecida como monkeypox, e as ações de prevenção e vigilância para o enfrentamento da doença no Brasil. Dados revelam que 95% dos casos são em homens, entre 18 e 49 anos de idade. As informações foram divulgadas em coletiva de imprensa, nesta segunda-feira (15).
Até o momento, o Brasil registra 2,8 mil casos confirmados em 22 estados. A prevalência da doença está concentrada na região sudeste, especificamente em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e secretários da pasta apresentaram as ações de vigilância e controle da doença adotadas pelo Ministério da Saúde desde maio, mesmo antes da confirmação do primeiro caso no Brasil.
Entre as ações, está o fortalecimento da rede de diagnósticos do Brasil, para processamento e análise das amostras. Atualmente, oito laboratórios estão estruturados para fazer a testagem, sendo: quatro Laboratórios de Referência Nacional - Fiocruz RJ, Fiocruz AM, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Instituto Evandro Chagas (IEC) - e quatro Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacen) em Minas Gerais, São Paulo, Distrito Federal e Rio Grande do Sul. O teste para o diagnóstico laboratorial deve ser realizado em todos os pacientes com suspeita.
Além disso, a Pasta implementou o Centro de Operações de Emergências Nacional (COE), para monitorar o cenário epidemiológico e as ações de vigilância em todo país. O COE tem a participação de técnicos das secretarias do Ministério da Saúde, além da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS), da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems).
O Ministério da Saúde segue em tratativas junto à entidades internacionais e a OPAS/OMS para aquisição de vacinas e antivirais para o tratamento da doença.
Segundo o secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros, a varíola dos macacos é uma doença viral de baixa letalidade. “Em casos de sintomas, como febre alta e súbita, seguido de aparecimento de gânglio, aqueles inchaços conhecidos como ínguas, dores de cabeça e, principalmente, feridas ou lesões no corpo, o paciente deve procurar uma unidade de saúde mais próxima de casa e seguir corretamente as recomendações de isolamento”, alerta.
A principal forma de proteção da doença é evitar o contato direto com pessoas contaminadas (pele/pele) ou com objetos pessoais contaminados.
Cenário mundial
A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou a varíola dos macacos como Emergência em Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII) em julho. No momento, são 35.621 casos confirmados em 92 países.
* Karol Ribeiro \ Ministério da Saúde \ Saúde e Vigilância Sanitária
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