Segundo MP, protocolo servirá como um primeiro passo para a criação de um marco regulatório
Bloco da Favorita arrastou 700 mil foliões em Copacabana este ano - Alexandre Macieira/Riotur.
Rio - o Grupo de Atuação Especializada em Segurança Pública, do Ministério Público (MPRJ), que anunciou, ontem, durante uma coletiva de imprensa, a criação de uma comissão permanente para regular o Carnaval do Rio. Segundo o Protocolo de Intenção, a futura comissão será definida 40 dias após o término das festas, que é quando os órgãos envolvidos divulgarão um balanço da sua atuação.
"O protocolo de intenções é a conclusão de um trabalho que vem acontecendo desde o fim do carnaval do ano passado", explicou Andrea Amin, procuradora e coordenadora do GAESP/MPRJ. Ainda de acordo com a procuradora do MP, a ideia é evitar que os problemas de segurança e desordem de 2018 se repitam. "Ouvimos todos os setores envolvidos no carnaval para elaborar esse protocolo. A estratégia garantiu uma melhor comunicação para um Carnaval melhor", diz.
Para Marcelo Alves, presidente da Riotur, o protocolo de intenções é importante para a qualidade do Carnaval no Rio, mas isso não depende apenas dos órgãos públicos. "Tudo isso que é planejado também precisa ter o apoio da população. A liberdade do carnaval não é sinônimo de quebradeira, de xixi na rua, de garrafas de vidro estilhaçadas pelo chão. O folião precisa fazer sua parte também", finalizou.
A expectativa dos órgãos envolvidos na elaboração do Protocolo de Intenção é que o planejamento evite situação parecida ao visto em 2018, quando uma onda de violência marcou o carnaval de rua. À época, depredação do transporte público, tiroteios, arrastões, assaltos a turistas e baleados culminaram no início da intervenção federal.
* O DIA/Por Lucas Cardoso.
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