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Foto do escritorJornal Esporte e Saúde

Oito escolas encerram desfiles da Série Ouro nesta quinta-feira

No primeiro dia, na quarta-feira (20), sete escolas se apresentaram, na Sapucaí. Desfiles começam às 21h.


No segundo dia de desfiles da Série Ouro, mais oito escolas se apresentam na Sapucaí — Foto: Arquivo/Silvia Izquierdo/AP

Os portões do Sambódromo do Rio serão abertos às 19h, para o segundo dia de desfiles das escolas de samba da Série Ouro. Nesta quinta-feira (21), mais oito agremiações vão apresentar seus enredos. No campeonato deste ano, a vencedora ganha o direito de desfilar no Grupo Especial, em 2023.

As duas piores colocadas vão se apresentar no próximo carnaval na Série Prata, na Intendente Magalhães, na Zona Norte. Apenas a vencedora da Série Prata ascende para a Série Ouro, no carnaval de 2023.


Já tem torcida para o carnaval deste ano? O g1 transmitirá todos os desfiles na Sapucaí e no Anhembi, simultaneamente, e você poderá acompanhar ao vivo cada detalhe de sua escola de coração. Saiba mais: g1 transmite ao vivo desfile das escolas de samba do Rio e de São Paulo


Veja quem se apresenta nesta quinta-feira (21)

Lins Imperial volta a desfilar na Sapucaí, com enredo sobre o sambista e humorista Mussum — Foto: Arquivo/Divulgação/Riotur

Lins Imperial (21h)


A escola vai contar a história e prestar homenagem ao sambista e humorista Mussum, que saiu do Morro da Cachoeirinha, no Lins de Vasconcelos, na Zona Norte, para ganhar o mundo com seu talento. Além de contar a trajetória do músico do conjunto Originais do Samba, o enredo "Mussum pra sempris. Traga o 'mé' que hoje com a Lins vai ter muito samba no pé" vai destacar o trabalho do humorista, referência de toda uma geração e inspiração de muitas crianças.


A Inocentes de Belford Roxo vai apresentar enredo sofre festa tradicional de louvação aos orixás, que acontece no carnaval de Recife — Foto: Arquivo/Rodrigo Gorosito/G1


Inocentes de Belford Roxo (entre 21h45 e 21h55)


Com o enredo "A Noite dos Tambores Silenciosos", a escola da Baixada Fluminense vai levar para a Sapucaí a história de uma festa que há mais de 50 anos celebra a ancestralidade negra, no Pátio do Terço, no Recife. A festa de louvação aos orixás acontece a partir da meia-noite da segunda-feira de carnaval, quando todas as luzes se apagam, e começa o toque dos atabaques.


A Estácio de Sá vai apresentar uma releitura do enredo de 1995 sobre o Flamengo — Foto: Arquivo/Alexandre Durão/G1


Estácio de Sá (entre 22h30 e 22h50)


Com "Cobra coral, Papagaio Vintém. Vesti rubro-negro, não tem pra ninguém", a escola faz uma releitura do enredo de 1995. Composto em homenagem ao centenário do Flamengo, em 2022 a história vai um pouco mais além. Vai falar das conquistas por terra e mar de um dos clubes mais populares do país e levar o time rubro-negro para festejar suas vitórias com a comunidade do Morro de São Carlos.


A Acadêmicos de Santa Cruz vai homenagear o ator e diretor Milton Gonçalves — Foto: Arquivo/Alexandre Durão/G1

Acadêmicos de Santa Cruz (entre 23h15 e 23h45)


A escola vai coroar a carreira de luta e sucesso do ator e diretor Milton Gonçalves, ator negro que estreou na TV brasileira em 1965. O enredo "Axé, Milton Gonçalves - No catupé da Santa Cruz" vai relembrar desde a infância do ator na lavoura de café em Minas Gerais, fazendo um paralelo da história do ator, que interpretou personagens como Rainha Diaba, no cinema, e Zelão das Asas, na TV, com os orixás.


A Unidos de Padre Miguel vai exaltar o orixá Iroko, no carnaval de 2022, na Sapucaí — Foto: Arquivo/Rodrigo Gorosito/G1

Unidos de Padre Miguel (entre 0h e 0h40)


A escola vai contar na Sapucaí a história do orixá do tempo, pouco difundido no Brasil, no enredo "Iroko - É tempo de xirê". O orixá é encantado na gameleira, que é a representação do conhecimento através do tempo. Com Iroko, a escola quer mostrar que o brasileiro ainda tem muito a aprender sobre suas raízes, sua cultura e sua ancestralidade.


A Acadêmicos de Vigário Geral vai contar a história da Pequena África, região onde nasceu o samba, no Rio de Janeiro — Foto: Arquivo/Marcos Serra Lima/G1

Acadêmicos de Vigário Geral (entre 0h45 e 1h35)


Com o enredo "Pequena África - Da escravidão ao pertencimento, camadas de memória entre o mar e o morro", a escola vai levar para a Sapucaí a história de parte da Zona Portuária do Rio, que ficou marcada pela chegada dos escravizados no Rio. Local de dor e sofrimento, como o Cais do Valongo, onde chegavam os navios negreiros, a região também tem uma história de alegria, de cultura e de resistência do povo negro, coma Pedra do Sal, onde nasceu o samba, que tanta alegria dá ao povo.


A Império da Tijuca vai relembrar a extinta escola de samba Quilombo dos Palmares, grande resistência negra do carnaval carioca — Foto: Arquiovo/Alexandre Durão/G1

Império da Tijuca (entre 1h30 e 2h30)


Quando o samba começou a se distanciar de suas raízes, na década de 1970, sambistas como Candeia, Dona Ivone Lara, Paulinho da Viola e Martinho da Vila criaram o bloco Quilombo dos Palmares - que depois virou a escola de samba - como grande resistência negra do carnaval do Rio. Esse é o enredo de "Samba de Quilombo: a resistência pela raiz", que conta como baluartes protestaram contra o "embranquecimento" do carnaval, que perdia suas raízes e se transformava num grande mercado.


A Império Serrano vai contar a história do capoeirista baiano Besouro Mangangá, líder da resistência negra no Recôncavo — Foto: Rodrigo Gorosito/G1

Império Serrano (entre 2h15 e 3h25)


O enredo "Mangangá" vai contar a história do capoeirista baiano, que, protegido pelos orixás, tinha o corpo fechado e ficou célebre, segundo a lenda, "voando como um besouro" sobre os inimigos, nas lutas mais covardes. O capoeirista Besouro Mangangá foi um líder do povo negro no período pós-abolicionista, no início do século 20. A escola vai mostrar dois lados dessa personagem baiana: como herói da resistência, filho de ex-escravos, que se notabilizou pela defesa daqueles que ainda eram tratados como escravos. E como a lenda, protegida pelos orixás, que usou sua arte no caminho da afirmação da cultura negra.


* Por Alba Valéria Mendonça, g1 Rio


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