O encontro entre o Rei Momo e Crivella, na entrega da Chave da Cidade no carnaval de 2018 Foto: Marcelo Régua.
Depois da reclamação pública da família de Candonga, um ex funcionário da Riotur que morreu há cerca de 20 anos, sobre a indefinição da entrega das chaves da cidade a Prefeitura finalmente se decidiu. O presidente da Riotur, Marcelo Alves participará do ato as 17h30 no recuo da bateria do setor 11. A família guardiã das chaves porém diz que até 15h20 não foi informada.
A alegoria é preservada pela família de Candonga. Ele criou a chave nos anos 70 e desde então a passagem da chave e uma tradição no carnaval carioca.
Fundador do Instituto Candonga e filho do criador da chave, Maurício de Jesus disse que independente disso a família levará a chave para a Sapucaí por volta das 19h. Se não houver um ato oficial, o adereço ficará com ele e seus irmãos no segundo recuo da bateria em sinal de protesto contra o que considera um descaso com a cultura e a tradição do Rio.
Maurício também entrou em contato com a assessoria do governador Wilson Witzel para ver se ele teria interesse de receber a chave mas ainda não teve resposta.
- O Rio de Janeiro não é só sangue e assalto. Isso é uma tradição que aparentemente o prefeito não respeita por motivos religiosos. O que soubemos da Riotur e que há uma orientação da cerimônia não ocorrer. Estaremos com a chave na Sapucaí com ou sem autoridade presente - disse Maurício.
Procurada, a Riotur informou que ainda não recebeu qualquer orientação sobre o evento.
Em 2017, a chave foi entregue a ex-secretária de Cultura Nilcemar Nogueira, depois de Crivella não aparecer. Em 2018, houve una cerimônia no Palácio da Cidade, mas Crivella sequer tocou no objeto. A família só foi chamada a menos de duas horas para a cerimônia de abertura.
Procurado por meio de um aplicativo de mensagens, Crivella não responde há dois dias. A assessoria do prefeito se limitou a informar que ainda aguarda uma decisão de Crivella.
* Extra/Globo/Notícias/Luiz Ernesto Magalhães.
Comments