Nesta quarta-feira (6) alunos aprenderam sobre o angu
Há 20 anos, o ensino da história e da cultura africana e afro-brasileira se tornava obrigatório nas escolas com a chegada da Lei 10.639. Ir além do ensinamento da sala de aula, foi uma decisão da rede municipal de educação de Macaé, com a implementação do Projeto CulinAfro, sabores e saberes da culinária ancestral, através do programa NutriAfro.
O projeto consiste na elaboração de um cardápio com alimentos afro-brasileiros e indígenas. Nesta quarta-feira (6), os alunos da Escola Municipal de Educação Infantil Prof° José Bruno de Azevedo, puderam aprender e saborear receitas que exaltam a herança africana.
O tema abordado pela diretora adjunta, Regiane Magalhães e a professora orientadora, Lairissi da Silva Conceição, foi o angu. Elas falaram sobre a origem do nome, do que é feita a farinha do preparo e também cantaram uma música sobre o milho.
“O programa NutriAfro veio agregar o trabalho que fazemos no nosso projeto “Nossas Histórias, Nossas Raízes”, de educação antirracista. Uma vez por mês apresentamos um alimento diferente nesta perspectiva do programa. Hoje trouxemos o milho, a farinha de milho e eles puderam, no almoço, comer o angu”, disse Regiane.
Elas ressaltaram que o nome angu é de origem africana, assim como o preparo. “O angu é um alimento forte, de sustância, carregado de histórias ancestrais dos povos africanos”, pontuou Lairissi.
A aluna Mel Silva, de cinco anos, adorou provar o angu e saber que o alimento é produzido através de uma farinha à base de milho. “Gostei muito da apresentação das tias e do angu”, falou.
Cultura
O Programa NutriAfro estabelece algumas datas para que a alimentação escolar priorize receitas de origem e insumos diretamente ligados à herança afro-brasileira e indígena brasileira.
As receitas exaltam a herança africana e a presença indígena do nosso cotidiano, comidas nutritivas que carregam um legado cultural e histórico, estabelecendo um diálogo permanente com a comunidade educacional.
A culinária africana faz parte da herança cultural do povo negro no Brasil, numa riqueza de gostos e sabores que se entrelaçam com a herança dos povos originários. O trabalho visa contribuir para que a rede municipal de ensino de Macaé possa vivenciar esses sabores e, por meio de rodas de conversas e ações pedagógicas, reafirmam a importância de valorização de todos esses conhecimentos na formação da cultura.
* Texto: Jornalista Genimarta Oliveira / Fotos: Bruno Campos / Comunicação Macaé
Divulgação:
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