Para reforçar a necessidade do diagnóstico precoce, tratamento, prevenção e a quebra de preconceitos, a Secretaria de Saúde lembra que, no próximo domingo (26), é o Dia Nacional do Combate e Prevenção da Hanseníase.
A gerente de Vigilância em Saúde do município, Daniela Bastos, reforça que as pessoas com suspeita da doença devem procurar as unidades básicas de saúde, unidades de Estratégia Saúde da Família (ESF) ou Centro de Saúde Dr. Jorge Caldas, onde funciona o Programa de Vigilância e Controle da Hanseníase.
“Hoje o serviço é descentralizado e todo processo se deu por meio da capacitação dos profissionais da Atenção Básica para que estejam aptos a diagnosticar e tratar clinicamente a hanseníase. O que facilita o acesso da população, já que não precisa se deslocar do seu bairro para a área central”, frisou.
Daniele ressalta que a doença tem cura e o tratamento é gratuito, dura em média de seis meses a um ano. “Todos os contatos domiciliares dos casos positivos de hanseníase devem passar por consulta para serem examinados e são acompanhados durante cinco anos”, disse.
Hanseníase
A hanseníase é uma doença infecciosa, causada por uma bactéria, chamada Mycobacterium Leprae. A transmissão entre humanos se dá através do contato direto e prolongado com o portador do bacilo que não esteja em tratamento. Apesar de ser uma enfermidade dermatológica, sua transmissão é realizada por gotículas que saem do nariz ou através da saliva. Não há transmissão pelo contato de pele com o paciente.
A hanseníase afeta primordialmente a pele, mas também pode atacar os olhos, os nervos periféricos e, eventualmente, outros órgãos. Ela não se manifesta imediatamente. Seu tempo de incubação no organismo humano varia de seis meses a até seis anos. Um de seus principais sintomas são manchas de cor parda ou eritomatosas, geralmente pouco visíveis e com limites imprecisos. Nas áreas mais afetadas pela doença, o paciente apresenta normalmente uma perda de sensibilidade térmica na região da mancha, perda de pelos e ausência de transpiração. Além disso, podem aparecer caroços e/ou inchaços nas partes mais frias do corpo, como orelhas, mãos e cotovelos. Também podem haver alterações na musculatura esquelética, causando deformidades nos membros.
A hanseníase não é transmitida através de copos, pratos, talheres, portanto não há necessidade de separar utensílios domésticos da pessoa com hanseníase; assentos, como cadeiras, bancos; apertos de mão, abraço, beijo e contatos rápidos em transporte coletivos ou serviços de saúde; picada de inseto; relação sexual; aleitamento materno; doação de sangue; herança genética ou congênita (gravidez).
O Programa de Vigilância e Controle da Hanseníase funciona no Centro de Saúde Dr. Jorge Caldas, localizado à Rua Tenente Coronel Amado, 255 - Centro, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. O telefone de contato é (22) 2762-5707.
* Jornalista: Genimarta Oliveira/Foto: Maurício Porão / arquivo/Comunicação Macaé.
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