Pessoas imunossuprimidas acima de 12 anos também já podem se vacinar com a Bivalente contra covid / foto arte: Reprodução internet
A vacinação com a segunda dose da Pfizer Bivalente já começou em Macaé. De acordo com o Ministério da Saúde, diversos estudos já mostraram que, com o tempo, a imunidade adquirida com a vacinação contra o SARS-CoV-2 tende a cair e, desde o início da pandemia, o coronavírus vem sofrendo mutações. Por isso, é importante estar com as doses de reforço em dia para continuar protegido.
No município, pessoas com 60 anos ou mais e também os imunossuprimidos acima de 12 anos já podem receber a segunda dose da Bivalente. É preciso dar um intervalo mínimo de 6 meses da última dose. A segunda dose da Bivalente está disponível, até o dia 31, em todas as unidades de saúde de acordo com seus horários de funcionamento.
A gerente do Programa de Imunização, Samyra Mayer, explica que a segunda dose é necessária porque, de acordo com estudos, após 6 meses da última dose, temos uma redução da proteção contra a Covid-19. “Idosos e pessoas imunossuprimidas são os mais suscetíveis a adquirir a infecção pela covid e suas formas mais graves, necessitando de maior proteção. Nesse momento, não é recomendada a dose para pacientes com doenças crônicas”.
O Ministério da Saúde considera pacientes imunocomprometidos os: transplantados de órgão sólido ou de medula óssea; pessoas vivendo com HIV/Aids; portadores de imunodeficiência primária grave; quem faz quimioterapia ou radioterapia para câncer; quem tem doenças inflamatórias imunomediadas em atividade e em uso de dose de prednisona ou equivalente (maior que 10 mg/dia); pacientes com condições autoinflamatórias e doenças intestinais inflamatórias; pacientes em hemodiálise; pacientes com doenças imunomediadas inflamatórias crônicas e neoplasias hematológicas. Estas condições de saúde devem ser comprovadas com a apresentação de laudos e receitas médicas.
Samyra também esclarece que para crianças acima de 6 meses e menores de 12 anos de idade, a recomendação são duas doses do esquema primário (Coronavac, Pfizer Pediátrica ou Pfizer Baby) e após 4 meses do esquema primário completo, uma dose de reforço. A Bivalente não é indicada para esta faixa etária, porque ainda não há estudos comprovando sua eficácia neste público.
No próximo ano, adultos com 18 anos ou mais serão vacinados com dose única nas campanhas nacionais de vacinação contra a influenza e Covid-19 (Pfizer Bivalente). A gerente do Programa de Imunização enfatiza que "a vacinação anual é importante, pois protege contra as cepas do vírus que mais circulam no momento. A vantagem é que teremos uma única dose conferindo uma maior proteção contra o vírus”.
A Bivalente está sendo ofertada nos Postos de Estratégia Saúde da Família (ESF), nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), na Casa da Vacina e na sala de vacina do Pronto Socorro do Aeroporto (PSA). Os horários e dias de vacinação são informados na unidade de saúde mais próxima do cidadão.
Eficácia comprovada
O Ministério da Saúde esclarece que as vacinas bivalentes usadas contra a covid-19 têm sua segurança e eficácia comprovadas por meio de dados técnicos e científicos, atendendo todo o rigor da regulamentação nacional exigida para a liberação do uso de vacinas na população. O risco de ocorrência de eventos supostamente atribuíveis à vacinação contra a covid-19, incluindo miocardite (inflamação do miocárdio, tecido muscular do coração) e pericardite (inflamação do pericárdio, membrana que envolve o coração), permanece extremamente baixo no Brasil. Por meio do Programa Nacional de Imunizações (PNI) e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a segurança das vacinas em uso em todo o país é monitorada (Sistema Nacional de Vigilância). Este monitoramento permite a avaliação do benefício e risco da vacinação e subsidia a tomada de decisão em saúde pública no país.
Com relação à miocardite e pericardite, a principal causa dessa doença são as infecções virais e bacterianas, incluindo o novo coronavírus SARS-CoV-2. Estudos mostram que o risco de desenvolver miocardite ou pericardite pela doença varia entre mil a 5 mil casos a cada 100 mil infecções pelo SARS-CoV-2, enquanto o risco após a vacinação está entre 0,3 e 5,0 casos por 100 mil pessoas vacinadas. Além disso, a probabilidade de sobreviver após a miocardite associada à covid-19 varia de 30 a 80%, enquanto a sobrevida da doença após a vacinação é maior que 99%. No Brasil, até o momento, as informações geradas a partir do SNV-ESAVI mostram que o risco de miocardite pós vacinação contra a covid-19 é de 0,04 casos a cada 100 mil doses aplicadas, que é muito menor do que o observado em todo o mundo.
* Texto: Jornalista Andréa Lisboa / Comunicação Macaé
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