Dragões, Mocidade, Vai-Vai e Gaviões foram as mais aplaudidas pelo público
Águia de Ouro é a primeira escola da noite - Foto: Vagner Magalhães / Especial para o Terra.
Quatro das sete escolas que participaram do segundo dia de desfiles do Grupo Especial do Carnaval de São Paulo se destacaram. As apresentações da Dragões da Real, Mocidade Alegre, Vai-Vai e Gaviões da Fiel foram as mais aplaudidas pelo público que lotou as arquibancadas do Sambódromo.
Antes do início dos desfiles, a cidade de São Paulo foi atingida por uma forte chuva, que durou cerca de duas horas e provocou alagamentos em vários pontos, o que atrasou a chegada do público. A intensidade só diminuiu cerca de uma hora antes de a primeira escola entrar no Sambódromo, a Águia de Ouro.
O enredo foi um manifesto contra a corrupção. Em um dos carros havia ratos, malas de dinheiro e pessoas atrás das grades. Enfileirou problemas que o Brasil atravessa desde o seu descobrimento.
Na sequência, a Dragões da Real mostrou a relação das pessoas com o tempo. E agradou. Com fantasias cheias de relógios de adereços, criou um cenário bastante aplaudido.
A Mocidade Alegre trouxe uma lenda Amazônica para a avenida. "Ayakamaé - As águas sagradas do sol e da lua", conta que sol e lua eram amantes, mas nunca conseguiram se encontrar. Tratou também do nascimento do rio Amazonas. Durante o desfile, Solange Bichara, presidente da agremiação se sentiu mal no recuo do bateria, mas logo se recuperou e foi liberada.
A Vai-Vai, tradicional escola do bairro da Bela Vista, trouxe um enredo sobre o "Quilombo do Futuro". E de todas as possibilidades que os negros podem ter no Brasil. "Podemos ser o que quisermos", disse o presidente da escola, Darly Sila, na abertura do desfile. A Vai-Vai respondeu com o punho cerrado, prometendo muita luta.
Após a Vai-Vai, a Rosas de Ouro homenageou os armênios, povo perseguido e que passou por um genocídio no início do século passado. A escola fez um elo entre a história do Carnaval paulistano e a comunidade europeia, que chegou ao Brasil há pouco mais de cem anos. Entre as lembranças, os antigos carnavais na avenida Tiradentes, reduto armênio na capital paulista.
Já Unidos da Vila Maria fez uma homenagem ao nosso vizinho Peru. Com fantasias caprichadas, mostrou as belezas e a cultura peruana, mas não empolgou.
O último desfile coube à Gaviões da Fiel, que abordou o tabaco. Com o samba "A Saliva do Santo e o Veneno da Serpente", a Gaviões contou histórias e lendas envolvendo o produto, inclusive os seus malefícios. Com presença maciça de seus torcedores, teve o samba cantado em alto e bom som.
* Terra/Vagner Magalhães.
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