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SMS em nome de bancos que direciona para número 0800 é golpe para roubar dados

Mensagem engana muita gente por utilizar os chamados "short codes", números de cinco a seis dígitos normalmente usados por grandes empresas

Foto arte: Reprodução internet.


Um SMS enviado por um "short code" - números de cinco a seis dígitos normalmente utilizados por grandes empresas -, com o nome do banco que você possui conta e alegando que um empréstimo foi autorizado ou que uma transação ou Pix foi enviado, seguido de um número para contato com 0800. Tudo parece verídico, mas, na verdade, trata-se de um golpe que vem crescendo e levou bancos de todo o país a alertarem seus usuários.


A expertise dos criminosos chama atenção, até mesmo por, ao ligar no telefone, a vítima ouvir rapidamente um atendimento eletrônico e, em seguida, a pessoa do "falso telemarketing" atender citando o nome do banco. A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) explica que este tipo de golpe faz parte do chamado "phishing", ou, pescaria digital.


"É uma fraude eletrônica cometida pelos fraudadores (engenheiros sociais) que visa obter as senhas e dados pessoais do usuário. A forma mais comum de um ataque de phishing são as mensagens em e-mails, SMS, aplicativos de mensagens como WhatsApp, redes sociais que induzem o usuário a clicar em links maliciosos ou a ligar para um número", explica.

A assessoria de imprensa do Banco do Brasil explicou que, quando a pessoa entra em contato com o 0800, o golpista induz a pessoa a fornecer informações ou executar alguma ação, normalmente para obter senhas, números de cartões de crédito e tokens de autentificação para operações financeiras.


"O criminoso, por exemplo, informa a vítima que irá cancelar os cartões da conta e pede o número do cartão de crédito. Em alguns casos, o falso atendente ainda solicita o endereço para retirar o cartão 'cancelado', no já conhecido golpe do motoboy", completa a instituição.

Golpistas sabem bancos das vítimas


A reportagem de O TEMPO conversou com duas pessoas que receberam as mensagens e, em ambos os casos, o banco citado era um que elas realmente possuíam conta.


"Recebi duas mensagens, todas supostamente Banco do Brasil. Primeiro disseram que um empréstimo de R$ 4.500 havia sido solicitado e, alguns minutos depois, que ele foi realizado com sucesso. Imediatamente entrei em contato com o meu gerente, que me avisou que se tratava de um golpe", conta uma moradora de Belo Horizonte, de 63 anos, que preferiu não ser identificada.


O mesmo aconteceu com uma mulher de 59 anos que vive em Entre Rios de Minas, na região Central do Estado. Porém, desta vez, a mensagem afirmava que um Pix de R$ 5.500 tinha sido efetuado. "Enviei a mensagem para o meu filho, que me avisou que seria um golpe. Não registrei ocorrência nem nada, mas, se ele tivesse demorado para responder, eu possivelmente ligaria e poderia ter passado meus dados", detalha.


Por conta disso, a Febraban orienta que os clientes devem sempre desconfiar de links ou telefones enviados via WhatsApp ou SMS. "Na dúvida, deve entrar em contato direto com os canais oficiais de seu banco", completa. Um levantamento da entidade indicou que, no primeiro semestre de 2021, houve um aumento de 26% nos golpes de phishing no país em comparação com o segundo semestre do ano anterior. Criminosos usam software para alterar números

Procurada pela reportagem de O TEMPO, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) explicou que a contratação de shot codes é de responsabilidade das operadoras, porém, os criminosos conseguem, por meio de softwares, disfarçar a real origem das mensagens e induzir o consumidor ao erro. "Tal alteração nos moldes descritos se configura em infração à regulamentação da Anatel, assim como em atividade criminosa", explica agência.

Entretanto, o rastreio e controle do tráfego de mensagens também é uma responsabilidade das operadoras de telefonia. "O consumidor deve realizar denúncia não só à sua operadora, mas, também, às autoridades policiais, com realização de boletim de ocorrência, visto que se trata de atividade com tipicidade penal", orienta. Desde 2005, a Anatel conta com o Grupo Executivo Antifraude de Telecomunicações (GEAFT) e, adicionalmente, foi criado o Grupo Técnico de Suporte à Segurança Pública (GT Seg), que visam diminuir ou extinguir as fraudes que utilizam os serviços de telecomunicações. "

"Destaca-se, também, a iniciativa Fique Esperto, apoiada por Operadoras, Bancos, NIC.br, Whatsapp, entre outros, que busca educar e trazer informações relevantes à população sobre segurança", completa a agência.


* https://www.nic.br/


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