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Foto do escritorJornal Esporte e Saúde

Sobe para 9 o número de cães mortos com suspeita de intoxicação após ingerir petiscos


O cãozinho Jon Snow morreu de insuficiência renal — Foto: Júlia Mathias/Arquivo pessoal

Foram identificados seis casos em Belo Horizonte, dois em São Paulo e um na cidade de Piumhi, no Centro-Oeste de Minas. Polícia Civil afirma que mais uma marca de petisco pode estar contaminada.


A Polícia Civil informou, nesta quinta-feira (1º), que subiu para nove o número de cachorros mortos após ingerir petiscos com suspeita de contaminação. Até a manhã, três mortes tinham sido confirmadas.

Segundo a delegada Danúbia Quadros, responsável pelo caso, até agora são seis mortes em Belo Horizonte, uma na cidade de Piumhi, no Centro-Oeste de Minas Gerais, e duas em São Paulo.


Ainda de acordo com a delegada, há outros seis casos suspeitos de cachorros contaminados na capital mineira e dois em Goiás – os tutores procuraram a Polícia Civil para relatar que os animais passaram mal ou estão internados.

Três tipos de petiscos contaminados

A Polícia Civil informou também a suspeita de outro modelo de petiscos envolvido na contaminação dos cães. Agora são três tipos.


Os petiscos que já estavam identificados eram o Dental Care e o Every Day. A outra embalagem informada pela polícia é a Petz Snack Cuidado Oral. Todos são de fabricação da empresa Bassar.

"São lotes diferentes, são vários lotes. Os petiscos que as tutoras trouxeram para a gente, todos já foram encaminhados para a realização da perícia técnica cientifica da Polícia Civil, então, a gente agora aguarda o laudo em relação aos petiscos", afirmou a delegada.

Danúbia Quadros declarou que o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) é o órgão responsável por realizar a retirada dos petiscos de comercialização e já foi acionado. Em nota, a pasta disse que o caso está em fase de investigação.

A delegada pede para que os donos de cachorros que tenham identificado o mal-estar ou a internação dos animais depois de ingerir os petiscos caninos entrem em contato com a Polícia Civil para a investigação.

O que diz a Petz

"Imediatamente, quando do fato noticiado, envolvendo o produto SNACK EVERY DAY SABOR FIGADO da marca Bassar (fabricante e distribuidor) acerca de casos de intoxicação, o Grupo Petz retirou voluntariamente os produtos dos pontos de vendas da rede, notificando a empresa Bassar para ciência e providências, bem como colocou-se prontamente à disposição para colaborar com apuração dos fatos. A Petz informa ainda que retirou preventivamente das lojas um outro produto - o Snack Cuidado Oral – Hálito Fresco, para análise.


Procurada pelas autoridades, o Grupo Petz reitera estar acompanhando e colaborando com as apurações dos órgãos competentes e aguardando os esclarecimentos do fabricante, que por sua vez aguarda análises técnicas de órgãos reguladores para o tipo de produto."

O que diz a Bassar

"A Bassar Pet Food informa que enviou os produtos citados para análise no laboratório no Centro de Qualidade Analítica, cujo resultado deve ser divulgado nos próximos dias. Por precaução, a companhia iniciou a retirada do mercado do lote 3554 do produto Everyday.

A empresa informa que vem tomando todas as providências para esclarecimento do fato desde o dia em que recebeu o primeiro relato de possível intoxicação. A Bassar reforça que não há nenhum laudo conclusivo sobre a causa das mortes dos cães e está segura da excelência e da segurança de seus processos de fabricação.


Funcionários do Ministério da Agricultura realizaram inspeção na empresa em diferentes ocasiões nos últimos dias e atestaram que a fábrica atende a todos as normas de segurança alimentar e de produção. Os laudos do MAPA comprovam ainda que não há contaminação na linha de produção.


A companhia não utiliza e nunca utilizou o etilenoglicol na fabricação de nenhum de seus produtos. O propilenoglicol utilizado é um aditivo alimentar presente em alimentos humanos e animal em todo o mundo. A Bassar adquire esses insumos de empresas idôneas e devidamente registradas no MAPA.

Em seus 5 anos de história, a Bassar Pet Food jamais passou por situação semelhante, se solidariza com a dor dos tutores e reforça a confiança nos processos de fabricação, além de reiterar que preza pela qualidade de seus produtos e pelo bem-estar e satisfação de seus clientes."

* Por Melissa Oliveira e Danilo Girundi, g1 Minas e TV Globo — Belo Horizonte


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